A gente se acostuma

 

Ainda estou aprendendo á me acostumar com você, com sua simplicidade, seus encantos, seus sorrisos, suas ligações noturnas, suas mensagens, seus abraços, seus beijos... Sua mania de me querer, meio torta, fora dos eixos e dos padrões, ainda estou aprendendo á te aceitar, a amar teus defeitos e tuas qualidades, ainda estou nisso, do "costume", do "querer".

Mas você parece que veio com o pacote completo, com o manual de instrução lido e decorado, você parece já acostumado á mim, á minha bipolaridade, meu sentimentalismo, já veio com o jeito de amar meu sorriso e desvendar meus mistérios, você me desmonta, e me monta, quantas vezes quiser, sem deixar nenhuma peça fora do lugar, você povoa meus pensamentos e me enche de dúvidas, você me faz querer te querer, um desejo que desconheço. Pulei várias etapas no jogo antes, e agora, quero apenas me acostumar antes do início, mas pra você, parece que já houve o "the end" da iniciação.

Me conta teu segredo? Me ensina á amar e querer minha alma? Me mostra esses encantos que você ver, me fale o que te agrada... Me diga, como você faz, pra me querer assim, tão torta e cheia de parafusos soltos.

Eu acho que você já se acostumou com meus dilemas, com meus defeitos, e eu, de certa forma, ainda estou aprendendo á camuflar esse sentimento que brota dentro de mim, mantê-lo afastado da parte escura e fechada, bem no centro, na parte mais protegida, longe dos pensamentos pessimistas e duvidosos, perto dos sonhos e da insensatez, de um caminho sem retorno como uma rua sem saída.