In Love December

Eu amo calendários, panettones, perus e amigo secreto, também amo o frio e a chuvinha gostosa do meio da madrugada, os presentes, o "fim" e o "inicio", sempre associei Dezembro ao fim, não de um jeito dramático, dezembro é como aquele último capítulo de um bom livro, você tem medo de ler a última frase e nunca mais encontrar um que supere suas expectativas. Talvez você não encontre, á grandes chances disso acontecer, por outro lado sempre existe a opção do recomeço, do reiniciar. A boa e velha segunda chance, ou, a continuação da primeira, isso é sempre nós quem decidimos.

Desde pequena eu gosto de calendários,  principalmente aqueles que vem com ímã de geladeira e as folhas dos meses pra gente arrancar. Eu ansiava pelo último dia do mês só pra poder ir lá e tirar a folhinha, ás vezes nem esperava pelo dia 30 ou 31, sempre foi uma espécie de fetiche esperar pelo dezembro. Esperar pelo fim do ano, pelas promessas, pelas felicitações, o "fim" nesse caso é muito bem vindo.

Começa agora os filmes da sessão da tarde sobre o natal, os sorteios de quem tira quem no amigo secreto, aquelas músicas estranhas e melódicas que algum artista vai regravar, as promoções de panettones, nossa, dezembro representa tanta coisa, tanta alegria, tanto vermelho, dourado, branco, frio, chuva, inverno e harmonia. Ficar em paz, debaixo de um cobertor lendo qualquer coisa sobre qualquer assunto, ao longe, como figuração, os pisca-pisca sobre a arvore de Natal, a espera dos dias passarem pra poder arrancar a última folha do calendário e iniciar tudo de novo, novas metas, futuras conquistas,e claro, reiniciar velhos dilemas.

Tudo isso é viver.